| 
                   MARGOT LUIZA PEDRON 
                    ( Brasil – Rio Grande  do Sul ) 
                       
                      Brasileira,  solteira, nasceu em Caxias do Sul, RS, aos 28 dias do mês de março do ano de  1962. 
                        Formada em Piano Clássico e Licenciatura Plena em Educação Artística.  
                        Reside na cidade natal, onde dedica especial atenção à música, às artes e à  liberdade de expressão.  
                    
                  
                    
                      
                          | 
                       
                    
                   
                  ESCRITORES BRASILEIROS 1987.  Capa: Maria Cristina.  Rio de Janeiro: Crisalis Editora,   1987.   120 p.    
                    No. 10 347 
                    Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda. 
   
   
                    NOITE 
   
                      Lua  cheia 
                        Eu via a lua nua 
                        Era luz branca, na branca rua 
                        Eu via a luza, a lua branca 
                        Era branca a lua 
                        Eu nua 
   
                        A  lua na cama, a cama branca, a branca lua 
                        Eu via a luz do meu corpo, a luz  da lua 
                        Eu  estava deitada, estava nua 
                        A lua, a luza, a cama, eu nua 
                        Tua mão negra no meu seio 
                        Teu preto no meu branco 
                        Zebra nua 
   
                        Era lua cheia, sim 
                        Eu estava nua 
                        Minha boca na tua boca 
                        Minha mão na tua 
                        Meu corpo folha branca 
                        Teu corpo a linha 
                        Juntos na cama, na luz da lua 
                        Teu corpo a linha 
                        Juntos na cama, na luz da lua 
   
                        Teu  corpo no meu corpo 
                        Teu risco negro na folha lua 
                        Caneta de tinta estranha 
                        A lua branca, a cama vermelha 
                        Minha dor na tua 
   
                        Luz  branca, branca lua 
                        Estou perdida, estou nua 
                        A cama vermelha , a solidão da rua 
   
                        Negro, o desejo 
                        Branca, a tortura 
                        Teu corpo no meu, a leitura 
                        Tuas palavras em minha inocência,  candura 
                        A cama vermelha, eu nua 
   
                        Agora estou sozinha 
                        Não vejo a lua 
                        O sol nascendo, na calçada da rua 
                        Vermelha sentença 
                        Na pureza nua. 
                   
                     
                    * 
                    VEJA  e LEIA outros poetas do RIO GRANDE DO SUL em nosso Portal:        
                      http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_grade_sul/rio_grande_sul.html 
                   
                  Página  publicada em março de 2025.       
                   
                  
  |